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Como eu devo iniciar o mapeamento de processo de uma empresa ou departamento? Quais perguntas devo fazer?

By 9 de abril de 2024Gestor 4.0, processos

Então… Já se perguntou como um analista de processos pode iniciar o mapeamento do processo de um departamento?

Neste exemplo falaremos da contabilidade de uma empresa, como deve ser iniciada a conversa com o cliente que nunca mapeou um processo. No entanto, esse roteiro é genérico e pode ser aplicado em qualquer empresa, em qualquer diretoria.

O analista de processos, ao iniciar o mapeamento do processo da contabilidade em uma empresa cujo cliente nunca realizou tal atividade, deve adotar uma abordagem estruturada e pedagógica.

A conversa inicial é crucial para estabelecer uma base sólida para o projeto. Seguem os passos recomendados:

1. Apresentação e Contextualização:

Iniciar com uma breve apresentação pessoal e do objetivo do mapeamento de processos, esclarecendo como este pode agregar valor à gestão contábil da empresa. É fundamental contextualizar a importância do mapeamento de processos dentro da estratégia de governança corporativa e gestão estratégica de negócios.

2. Educação sobre o Mapeamento de Processos:

Considerando que o cliente não possui experiência prévia com mapeamento de processos, o analista deve dedicar um momento para explicar o que é o mapeamento de processos, seus objetivos, benefícios, e como é conduzido. Deve-se enfatizar como essa prática pode levar a uma maior eficiência operacional, redução de custos, e melhoria na qualidade dos serviços contábeis.

3. Levantamento de Expectativas:

Perguntar ao cliente sobre suas expectativas, desafios enfrentados pela contabilidade, e áreas de preocupação específicas. Isso ajuda a alinhar os objetivos do mapeamento com as necessidades do cliente e estabelece uma comunicação eficaz desde o início.

4. Explicação do Processo de Mapeamento:

Detalhar as etapas do mapeamento de processos, incluindo a coleta de dados, análise de processos existentes, identificação de gargalos e ineficiências, e desenvolvimento de recomendações de melhoria. É importante explicar os métodos que serão utilizados, como entrevistas, análise de documentos, e observação direta, além de enfatizar a necessidade de envolvimento da equipe contábil no processo.

5. Estabelecimento de Compromissos:

Definir claramente os papéis e responsabilidades, tanto da equipe do cliente quanto da equipe de consultoria. É crucial estabelecer compromissos mútuos em relação à disponibilidade para reuniões, prazos, e comunicação durante o projeto.

6. Coleta de Dados Iniciais:

Solicitar acesso a documentos iniciais que possam fornecer uma visão geral dos processos contábeis atuais, como procedimentos operacionais padrão, descrições de cargos da equipe contábil, e relatórios financeiros.

7. Plano de Projeto e Próximos Passos:

Finalizar a conversa apresentando um plano de projeto preliminar, incluindo marcos, prazos estimados, e próximos passos. Isso ajuda a estabelecer expectativas realistas e demonstra profissionalismo.

Quais são as perguntas que devem ser feitas na primeira reunião de mapeamento de processos?

Na primeira reunião de mapeamento de processos, é essencial coletar informações que permitam uma compreensão abrangente do contexto operacional e estratégico do processo a ser mapeado. As perguntas devem ser estruturadas de forma a obter insights sobre a operação atual, as expectativas do cliente, e identificar potenciais áreas de melhoria. Abaixo, segue uma lista de perguntas recomendadas:

1. Objetivos e Expectativas:

– Qual é o objetivo principal do mapeamento deste processo?
– Existem expectativas específicas quanto aos resultados deste mapeamento?

2. Descrição do Processo:

– Como você descreveria o processo atual em termos gerais?
– Quais são os inícios e fins definidos para este processo?

3. Envolvidos no Processo:

– Quem são os stakeholders principais envolvidos neste processo?
– Quem executa as diversas etapas do processo?
– Existem outras áreas/departamentos que interagem com este processo?

4. Desafios e Problemas:

– Quais são os principais desafios enfrentados no processo atual?
– Você pode identificar pontos de gargalo ou ineficiências recorrentes?

5. Documentação Existente:

– Existe documentação atual sobre este processo? (Por exemplo, descrições de processo, procedimentos operacionais padrão, fluxogramas)
– Quão atualizada e precisa é esta documentação?

6. Ferramentas e Sistemas:

– Quais ferramentas ou sistemas de TI são utilizados no decorrer deste processo?
– Existem limitações tecnológicas que impactam o processo?

7. Indicadores de Desempenho:

– Quais são os indicadores de desempenho chave (KPIs) atualmente utilizados para avaliar o sucesso do processo?
– Como estes indicadores são medidos e monitorados?

8. Expectativas de Melhoria:

– Que tipo de melhorias você espera alcançar com o mapeamento deste processo? (Por exemplo, redução de custos, aumento da eficiência, melhoria da qualidade)
– Existem objetivos de curto e longo prazo para este processo?

9. Restrições e Considerações Legais:

– Existem restrições legais ou regulamentares que afetam este processo?
– Como as mudanças propostas podem se alinhar às obrigações legais e regulamentares?

10. Comunicação e Feedback:

– Qual será o método de comunicação preferido durante o projeto?
– Como e quando serão realizadas as revisões e o feedback sobre o progresso do mapeamento?

Essas perguntas devem ser adaptadas conforme o contexto específico do cliente e do processo em questão. A ideia é garantir que a reunião inicial forneça uma base sólida para o projeto de mapeamento, facilitando uma abordagem colaborativa e focada na obtenção de resultados concretos.

Frederico Ramos

Especialista em governança corporativa e gestão estratégica, processos e projetos. Possui MBA em gestão estratégica de negócios e mercado pela USP, além de diversas certificações internacionais nos temas relacionados ao gerenciamento de projetos, processos e governança. Com mais de 25 anos atuando no mercado público e privado é sócio proprietário da Atomtech, empresa especializada em treinamentos e consultorias. Também com mentorias para startups, desde a ideação, busca de fomento e financiamento, prototipação até o lançamento digital. Atualmente trabalha na implantação de escritórios de gestão integrada, planejamento estratégico, mapeamento e melhoria de processos e gestão de projetos preditivos, ágeis ou híbridos.

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